Aprendizagem de futsal

29/06/2010 16:33

A aprendizagem, os meios, métodos e estratégias utilizadas na melhor metodologia se baseiam na idéia que é mais importante ensinar a criança a “como jogar” do que ensinar-lhe os gestos técnicos da modalidade para depois ele os aplicar em jogo.
Um jogo de futsal, numa definição simples, é uma sucessão no tempo e no espaço de equilíbrios e desequilíbrios momentâneos, onde estes desequilíbrios são frutos de uma boa criatividade tática, alicerçada numa excelente tomada de decisão e de uma forte capacidade de finta e velocidade.
Então porque não começar o ensino do futsal desde as mais tenras idades com base nesta definição?
    No futsal o primeiro problema que se coloca ao jovem é de natureza táctica, ou seja, o que fazer? Só depois é que surge o problema de como fazer.
Desta forma, o meio de ensino/aprendizagem mais utilizado é o jogo (dirigido, condicionado, livre). O ensino das técnicas individuais é apresentado sob formas jogadas, embora se admitam formas analíticas, mas apenas para a aquisição das noções básicas da sua execução.
    Se centralizarmos o processo ensino/aprendizagem exclusivamente, em demasia, ou mesmo em parte, na técnica individual e muitas vezes baseado em formas analíticas, e muito pouco ou nenhum na aprendizagem do jogo, não provocamos um apuro qualitativo da turma, isto é, a aprendizagem das ações de uma forma analítica e descontextualizada da realidade do jogo, não possibilita, por si só, a sua aplicação eficaz no contexto das situações de jogo.
    Por isso as estratégias mais adequadas para ensinar o jogo passam por interessar o praticante, recorrendo a formas jogadas divertidas e motivantes, implicando-o em situações problema que contenham os ingredientes fundamentais do jogo, isto é, presença da bola, oposição, cooperação, escolha e finalização.
Neste sentido os exercícios de treino não se dirigem a um único objetivo, antes pelo contrário, consideram em cada momento que melhorias podem provocar nos domínios técnico, táctico, físico, cognitivo e psicológico numa relação coerente entre estas variáveis (analíticos somente o necessário, globais e integrantes tanto quanto possível).
    Aprender a tratar bem a bola implica que se tenha um bom domínio do próprio corpo e que estar equilibrado, manter a cabeça levantada, mudar de direção, parar de repente, arrancar de surpresa, saber correr, acelerar ou diminuir a velocidade de corrida, parar, saltar, cabecear, inverter o sentido do deslocamento, saber rematar, passar, receber, apreciar trajetórias, saber olhar e recolher informações, cooperar com os colegas, saber defender e atacar à direita, ao centro e à esquerda, saber decidir e controlar as próprias emoções, são a base de um harmonioso domínio corporal e psíquico e que constituem a base da arte de jogar com agrado de ver.
    Paralelamente devemos educarmos a disciplina, a coragem, a capacidade de sofrimento, a perseverança, a tenacidade e a imprevisibilidade, alimentando sempre a autoconfiança e a auto-estima, blindando tudo isto com valores como a solidariedade, a humildade, o altruísmo e o respeito por colegas e adversários.


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